domingo, 10 de abril de 2011

Considerações sobre O Iluminado

Essa semana eu li o livro do Stephen King, O Iluminado, e, depois de ler e ver o filme, eu fiquei chocado com a diferença entre a versão impressa e sua adptação mais famosa pro cinema, a obra do Stanley Kubrick.  Tudo bem que colocar em duas horas todas as coisas que King coloca nas quase 400 páginas do livro é impossível, mas mesmo assim, na minha opinião, o cineasta fez uma adaptação livre da obra, tornando-a algo completamente diferente da história original.
Pra quem não conhece, o livro trata da história dos Torrances, uma família de pai, mãe e filho pequeno que se muda para um hotel enorme durante o inverno, onde o pai arranjou um serviço de zelador. Eles ficam sozinhos, o pai endoida, persegue mulher e filho e acaba morto. E as semelhanças acabam por aí.
Kubrick, ao adaptar o livro, acabou com as descrições cênicas, características dos personagens, e inclusive com a própria ordem dos acontecimentos do livro. Pra completar a marmelada, o diretos coloca cenas no filme que fazem referência ao livro, mas que não são explicadas, ficando totalmente "soltas" na obra. Um exemplo?
Esse serve? Enquanto Wendy sai caçando o ex-marido-atual-psicopata pelo hotel, ela vê isso acontecendo dentro de um dos quartos. MAS QUE DIABOS É ISSO? Se você ver o filme sem ler o livro, você não vai saber que isso tá muito bem explicadinho lá dentro, preto no branco. Outra coisa que me deixou intrigado. Que porra de "all work and no play makes Jack a dull boy" é essa? Não tá no livro não. Ficar colocando essas coisas que alteram a história é péssimo, sabe? E por último, e pra mim o mais importante, NÃO TEM MACHADO NO LIVRO. Se bem que ser perseguido por um cara munido de uma arma cortante é bem mais emocionante visualmente do que ser perseguida por um cara com um taco de croqué. Claro que o desenrolar do livro é muito melhor.
Enfim, isso é só pra mostrar algumas das várias diferenças entre as duas versões da história. Lembrando que é a minha opinião, então por favor não me matem. Se vocês quiserem ver uma versão boa do livro adaptada pras telas, existe uma minissérie de 1997, com a Rebeca Demornay (que pessoalmente faz uma Wendy bem melhor que a Shelley Duvall) que é bem melhor que a versão com jack Nicholson e cia.

Beijas e té mais.

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