Eram 4 horas da tarde do mês de junho & o sol batia no
topo do Edifício Copan suas rajadas paulistanas onde Pólen
& Luizinho foram fazer amor & tomar vinho.
O adolescente vestia uma camiseta preta com o desenho no
peito de um punho fechado socialista, calças Lee
desbotadas & calçava tênis branco com listras azuis. Você é
minha putinha, disse Pólen. Isso, gritou Luizinho, gosto de
ser chamado de putinha, puto, viado, bichinha, viadinho ah
acho que vou gozar todo o esperma do Universo!
Neste instante um helicóptero do City Bank aproximava-se
pedindo pouso & os dois nem ligaram continuando com
suas blasfêmias eróticas heróicas & assassinas.
O guarda que estava no helicóptero então mirou & abriu fogo.
Luizinho ficou morto lá no topo do Edifício Copan com
Uma bala no coração.
Por onde é preciso começar?
Depois de ler esse poema eu percebi que, desde os anos 70/80 os gays vem lutando para sair da "clandestinidade", buscando um lugar ao sol na sociedade que tanto os despreza. Ser gay não é doença e muito menos pecado, assim como também não é uma escolha. Não é nossa culpa, não é culpa de ninguém. Nós só nascemos assim. A forma como o autor quer mostrar a homossexualidade para o mundo, com um assassinato, choca, mas ao mesmo tempo conscientiza, nos faz perceber que os gays estão presentes na sociedade e são capazes de fazer as mesmas coisas que qualquer outro ser humano faz. Pensem sobre isso, pensem que vocês, mesmo sem saber e sem querer, podem ter um gay bem perto de vocês. Beijas e té mais.
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