Quantos anéis cabem em 10 dedos? Essa foi a pergunta que originou esse post. Porque eu tava no mercado bem feliz comprando coisinhas pra minha mãe quando de repente aparece um tiozão na minha frente. Se tem coisa que eu adoro e odeio ao mesmo tempo é tiozão. Paradoxo mesmo. É extremamente hilário ver os caras tentando pagar de cool e super humilhante ver como eles cagam feio. O dito cujo de hoje era um ser humano normal, ou seja, tinha os 10 dedos das mãos. E exatamente onze anéis enfiados neles. Um em cada dedo, exceto um que também tinha a aliança de casamento entuxada lá de qualquer jeito. Aí eu paro e penso: oh god why. Na minha opinião, homem só pode usar anel no dedo anular, e só se for aliança ou um anel com significação especial. Pra mim anel simplesmente não entra na categoria acessório masculino.
Mas o pior/melhor de tudo foi ver a variedade de anéis que o tiozão carregava. Ia desde anel escrava até umas imitações TEMÇAS de anel de fomratura, passando por alianças de várias cores e espessuras. Tudo isso num look "sou preiboi" que incluía regata coladjeenha preta, bermudão jeans virado em bolsos, boné preto e óculos escuros daqueles modelos escrotos, também preto. Modelo escroto pra mim é aquele modelo super esportivo, todo aerodinâmico e virado nas lentes degradê espelhadas. Pra mim até mesmo acampamento pede um aviador ou no mínimo um estilo mais retrô. Nada de esportivo. Detesto esportivo.
Aí voltando pra casa comecei a pensar em como essa cidade é uma coisa estranha no quesito "jeito de se vestir". Já falei no post anterior sobre as póbri da lotérica que se vestem mal pra cacete. Olha, pensa nessas póbri circulando a cidade inteira. Porque eu não sei se vocês sabem, mas eu moro numa cidade de interior. E caso vocês não saibam, moda de interior pode ser definida como um estilo "jecapiranha". E o que é o estilo jecapiranha? Peguem o tiozão ali de cima, isso é o exemplar masculino. Os véio que quer pagar de mocinho mas acabam usando uma coisa que me lembra muito aquelas famigeradas maria-joão de uns anos atrás, em JEANS! E o que dizer dos exemplares femininos desse "estáile"? Elas conseguem atingir níveis de bizarrice nunca antes vistos. É uma coisa de misturar roupa de academia com salto alto, ahazar na coisa cintilante, ter quadril gigante (italianada, rs) e se enfiar em shortinho de lycra que te faz parecer um brigadeiro, essas coisas.
E a versão teen disso tudo? Juventude se acabando no vestidinho curto super piriguete, no sapatênis, na calça crente (já explico), na camisa social com bermudão, tudo isso. É uma maravilha.
E pra terminar, tchan tchan... MODA CRENTE! Exatamente, vamos falar dessa moda que tá mexendo com a vida de todo mundo. Como vocês devem saber, o mundo tá tendo um surto evangélico de doer nos olhos. E falo das roupas que eles usam. Homem usando aquelas calças jeans de 13000 bolsos de cores diferentes, com umas correntes penduradas, misturadas com umas camisas que parecem uma toalha de mesa vermelha com um desenho de dragão (!) e coroando o look com um cinto pendurado na cintura e um sapatênis caramelo. Abomino sapatênis. Caramelo ainda por cima pra mim é motivo de sentença de morte. E vamos falar das camisas deles. Pra mim, camisas se definem assim: camisa de alfaiataria >>>> camisa de loja de departamento >>>> abismo >>>> camisa de lojão popular. Camisa de alfaiataria é um sonho porque ela foi feita pra você e fica perfeita no seu corpitcho, seja ele gordo ou magro. Camisa de loja de departamento é passável, porque elas normalmente são decentes. Agora, camisa do povão não rola. Primeiro porque eles resolvem colocar cores que chegam a ser indecentes numa camisa, tipo vermelho. Depois, porque eles colocam estampas nas camisas, e depois porque normalmente elas são feitas em tamanho único, leia-se gigante, que é pra todo mundo caber dentro. Aí aparecem aqueles crentes magrelo que se enfiam naquelas camisas e parecem perdidos numa lona de circo. Pensa no náipe.
É claro que mesmo com tudo isso eu adoro esse lugar, e quando for embora (Insh'allah) vou sentir falta desses absurdos. E é assim que caminha a humanidade.
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