domingo, 25 de setembro de 2011

Mostra de Cinema da Diversidade Sexual de Cascavel

Oi, gente. Tô aqui, em pleno domingão, pra falar pra vocês de uma iniciativa muito legal que eu e alguns amigos estamos coordenando atualmente. A discussão sobre os temas homossexuais está em voga atualmente, e dentro das universidades nós não podemos deixar esse assunto passar. Afinal, os jovens de hoje serão a sociedade do futuro, e para que a sociedade se torne cada vez mais e mais justa precisamos discutir, pensar e problematizar as questões que atualmente são tratadas como temas controversos. E obviamente a cena gay e um desses universos controversos. Por isso nós, desde o ano passado, estamos organizando uma mostra de cinema com temática homossexual. E o que fazemos? Durante a mostra, a cada dia exibimos um filme que trate   exatamente sobre a homossexualidade e sobre seus conflitos e discutimos, seja com algum estudioso sobre o assunto, seja com algum membro de uma instituição que luta pelos direitos dos gays.
A mostra não tem a intenção de fazer apologia a nada, nem de forçar ninguém a aceitar nada. Queremos, na verdade, conscientizar, mostrar a realidade gay do lugar onde vivemos, e fazer com que as pessoas, cada vez mais, compreendam o que se deve fazer para que que no futuro tenhamos uma sociedade igualitária.
Então, caso você tenha se interessado sobre o assunto, caso queira conhecer a nossa mobilização, ou até mesmo se você mora em Cascavel ou região e quiser prestigiar a mostra, aqui está o nosso blog. Sintas-se a vontade para se expressar, sugerir, enfim, coloque a boca no trombone e seja ouvido. Não podemos ficar parados vendo um grupo qualquer tentar nos calar. Devemos nos unir e devemos ser vistos e ouvidos.

Vale a Pipoca? - Super 8 (feat. @RodolfoPreviato)

Alô galera linda, cremosa e saborosa que lê esse blog caquético aqui. Hoje a gente tem uma coisa linda e maravilhosa pra vocês. Vamos falar do Super 8, filme do J.J Abrams e do Spielberg que tá botando fogo na xana das ávidas por ficção científica. Meu lindo amigo moreno e sensual @RodolfoPreviato resolveu ver o filme hoje e já fez uma resenhinha bem linda pra gente saber um pouco o que esperar do filme, né? Mas antes das opiniões dele, que tal uma bizu no trailer?


Leilas Lopes do meu coração, o amado @anthoni_ abre aqui um espaço em seu tablóide para eu (@rodolfopreviato) fazer o “Vale a Pipoca?” da vez.
Pois bem, passada a apresentação, sem mais delongas, vamos a análise crítica (kkk) (sem spoilers) da mais nova ficção científica do mundo cinematográfico, Super 8.
Como bom consumidor do mundo da ficção científica que sou, ao saber de um longa assinado por J.J. Abrams, principal roteirista de Lost (para mim só existe 1º temporada) e de Fringe (Fantástica na 1º temporada, mas depois vem se perdendo assim como Lost) e por Steven Spielberg (Se você precisa de alguma descrição dele suma daqui pois vc não merece meu respeito) fiquei extremamente (mesmo) ansioso.
Super 8 tem um roteiro muito bom, como já esperado, entretanto, ele poderia ser muito, muito, melhor explorado, há muita coisa dentro do filme que poderia ser melhor trabalhada, principalmente a história por trás dos fatos estranhos que acontecem na cidade. Essa questão da exploração do roteiro é meio típica de coisas assinadas por J.J. Abrams, se não é por falta de exploração, é por excesso (Lost). Talvez essa seja a característica dele e que isso com o tempo acabe sendo entendido pelo público (tipo as ‘loucuras’ do Tarantino), mas no momento seria melhor uma estruturação menos maleável dos roteiros. Ele não chega a decepcionar, mas a cadência do filme em determinados momentos e as construção do final podem soar com um tom de falha a quem tem um longo relacionamento com ficção científica. Ele é bem justificado (leia-se verossímil - kkk), tem uma ponta de humor e não é cansativo.
O final deixa um vazio (como tudo com dedo do J.J. Abrams) e as respostas aos enigmas parecem vir fáceis demais (talvez porque as protagonistas do filme sejam crianças), a questão é que de repente parece que vai chegar ao clímax, mas na verdade aquele já é o clímax e acaba, te deixando curioso. A produção de Spielberg deixa o longa delicioso, e há em determinadas partes, algumas referências a outros filmes de Spielberg (minha maior diversão durante o filme foi ficar adivinhando as referências)
Super 8 não peca nada em fotografia, e muito menos em efeitos especiais, porém, o que merece um prêmio na película é a direção de som, a trilha sonora é fantástica, o filme se passa no final dos anos 70 e todas as músicas presentes são da década (ou seja, música boa), os efeitos sonoros transformam um filme que não tem tanta cara de suspense em algo que deixa o seu coração na boca (não são só arvores tremendo com luzes piscando e sombras na escuridão, é isso com um barulho agudo que te cerca)
Super 8 vale sim a pipoca, o pacote grande que é para durar bastante e o maior copo de uma coca bem gelada. Mas assista sabendo que, como qualquer ficção científica, ele será mais uma extensão da mente conturbada e bagunçada daquele que escreveu.

Então é isso, lindos e lindas. Leiam essa resenha linda, criem expectativas, ou não, vejam o filme e depois venham me dizer o que acharam, tá? Beijos, suas cremosas.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Quando se sentir solitário

Quando se sentir solitário, naquela madrugada escura e fria, vá até a janela, sente-se confortavelmente, fume um cigarro e fique observando as pessoas que, como você, andam sozinhas pelas ruas nas horas mais escuras do dia. E então imagine, invente, crie uma história para cada uma delas. O que as leva a perambular por ruas e esquinas tão tarde?
Pense que o homem andando apressadamente e tirando o casaco acabou de sair da casa da pessoa amada, ainda afogueado, e agora quer voltar rapidamente para sua própria cama, guardando nos lábios e no corpo alguma lembrança dos momentos passados com quem ama...
Ou então aquela mulher, que acaba de sair de uma festa, sentindo-se abandonada por não ter companhia para ir embora, ou que prefere ir embora sozinha...
Pense naquele trabalhador que daria tudo para poder se deitar todas as noites junto com sua esposa, mas ao invés disso, ao vê-la preparar a cama, veste um uniforme e passa madrugadas inteiras acordado, sonhando com sonhos.
Pense nas pessoas tristes, nas pessoas alegres, pense em histórias boas, em histórias ruins. Crie amigos, inimigos, enredos, tramas. Crie.
Se sua solidão realmente lhe incomodar, acenda outro cigarro, feche os olhos, e lembre do rapaz apressado que tirava o casaco. Quem sabe ele não acabou de sair da sua casa? E então, enquanto ele vai embora lembrando, você também pode lembrar, amar, sentir.
Seja a Julieta de um Romeu inexistente. Espere na janela, observando. Uma hora a pessoa perfeita para sua história perfeita pode aparecer e passar, e você talvez estivesse ocupado demais reclamando de sua infelicidade debaixo dos lençóis, amaldiçoando todos que tem aquilo que você mais quer mas que parece incapaz de ter...
Ou então imagine que lá do outro lado da cidade, no mesmo momento, outra pessoa está sentada na janela, imaginando, esperando pela história imaginada, pela alma gêmea também sentada em uma janela. Pense que nem tudo está perdido, e que talvez, um dia, vocês se encontrem casualmente na fila do banco, na lanchonete, dentro do ônibus.
Nada está perdido para quem é capaz de, a partir de caminhantes solitários, criar um mundo só seu, com uma felicidade só sua.
Desligue o celular, saia da frente do computador. Sente-se na janela, e observe. Seu presente e seu futuro estão ali. Basta imaginar.

sábado, 10 de setembro de 2011

Vale a pipoca? - Game of Thrones

Fala galera, sei que andei meio sumido por esses tempos, mas realmente, fazer faculdade acaba com a nossa vida. Enfim, hoje no Vale a Pipoca, nós vamos ter um combo bem legal de livro + seriado. E como já deu pra ver ali pelo título, eu vou falar das maravilhas criadas por George R. R. Martin.
Eu não sei se alguém ainda NÃO viu Game of Thrones, mas a série, que estreou no começo do ano pela HBO, foi um dos maiores sucessos, na minha opinião, no quesito seriados dos últimos tempos. Se você é um dos poucos que ainda não viu essa maravilha, aqui vai o trailer.


A série foi ótima, super bem produzida, como tudo o que a HBO faz, e também bastante curta, na minha opinião. Afinal, 12 episódios mal são capazes de matar minha vontade, hehe. Mas enfim, Game of Thrones não é mais uma dessas séries medievais que pipocam por aí o tempo todo. A série, assim como os livros, inova na criação de um universo todo diferente, assim como Tolkien fez com 'O Senhor dos Anéis'.
A primeira temporada é baseada no primeiro livro da série 'As Crônicas de Gelo e Fogo', do Martin, e apesar de o livro ser enorme e a temporada curtinha, tudo foi extremamente fiel ao livro, me deixando boquiaberto. Afinal, vocês sabem como são as adaptações de livros pras telas, né? (cof cof, Harry Potter, cof cof).
Eu fiquei sabendo da série por vários amigos que começaram a assistir, e me interessei pelo enredo. ele é muito extenso pra eu escrever detalhadamente aqui, mas vou tentar resumir em algumas palavras: guerra, sexo, sangue, traição e dragões. Pronto.
Assim que eu terminei a série, comecei a caçar os livros, e agora já estou lendo o terceiro volume de uma série de sete. Lá nos Estados Unidos, os livros já tem até o quinto volume lançados, mas aqui no Brasil o quarto ainda está em produção.
E falando dos livros, Martin, ao escrever a obra, deu um jeito de tornar tudo muito mais perfeito, se tornando quase um... Saramago, se me permitem tal heresia, hehe. Cada obra é dividida em capítulos, e cada capítulo tem como centro um personagem diferente, o que te faz começar lendo sobre um personagem, e só após 3 ou 4 capítulos você volta a ter uma visão dele, mostrando a continuidade de suas ações. Os capítulos também se entrelaçam entre si, podendo ocorrer simultaneamente, ou até mesmo antes e depois dos capítulos anteriores e posteriores. Por isso, ao ler os livros, você precisa tomar muito cuidade e prestar uma atenção extrema, ou vai acabar perdido.
Outra coisa, o Martin simplesmente parece ter uma paixão por matar personagens. Em três livros o 'elenco' da história já deve estar quase todo substituido, e mais gente continua morrendo em cada capítulo. É incrível. E também é incrível como um personagem, citado uma vez e brevemente em um capítulo ou livro anterior, passa a ter uma importância extrema mais pra frente na história. Não é a toa que eu acho que o Martin deve levar no mínimo uns dois anos escrevendo cada livro.
Mas afinal, vale a pípoca? Vale, mil vezes vale. Tanto o seriado quanto os livros são obras primas e merecem ser lidos, relidos, vistos e revistos infinitas vezes. A história te prende, te encanta como poucas outras foram capazes. Mas é bom que você não seja uma pessoa muito sensível e nem se apegue muito aos personagens, porque você nunca sabe se eles vão continuar vivos até a próxima página. E é com essa resenha meio tosca que eu deixo vocês aqui, dizendo: Winter is coming.